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O dEUS HÓRUS QUE VAI...
Saúde coloca em funcionamento sistema para controle e distribuição de medicamentos O Ministério da Saúde lançou, em dezembro do ano passado, o Hórus – Sistema Nacional da Assistência Farmacêutica. A ferramenta será implementada como projeto-piloto em 16 cidades a partir de março e permitirá aos municípios o acompanhamento individualizado do uso de medicamentos e o controle da distribuição e do estoque em tempo real. Veja link a baixo:. [...]
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A ARCA DA ALIANÇA
Muito se discute sobre a Arca. Alguns dizem que foi destruída no incêndio do templo, outros afirmam estar numa igreja localizada numa ilha em um lago na Etiópia e alguns acreditam estar escondida em algum monte em Israel, possivelmente o Nebo (no livro apócrifo II Macabeus 2.2-8). No entanto, uma outra história ocorreu em Jerusalém às 14:15h do dia 6 de Janeiro de 1982, numa caverna 7 metros abaixo do local da crucificação, no Calvário, e esta realmente com base bíblica e fundamento histórico. Passados cerca de 17 anos, foi revelado a nível internacional um fato mantido em segredo a pedido das autoridades judaicas em 1982, sendo divulgado naquela época apenas nos EUA. [...]
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A Procura da Arca de Noé
A chave inteira para entender a evidência que confirma que este local contém os restos da Arca de Noé de fato, está no entendimento da condição dos restos. O "mundo" tem uma noção preconcebida do que aceitarão, e isso é: um navio de madeira reconhecível, (ainda intacto depois de 4,300 anos), e o navio deve estar na montanha vulcânica conhecida como Mt.Ararat. [...]
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A BÍBLIA E OS DINOSSAUROS
Temos aqui um estudo sobre os Dinossauros, e quem traz este estudo tem sua própria visão sobre o assunto, convido a você para ler a respeito do tema e ver o que você acha sobre tudo o que está escrito nesse estudo. Bem, cada um tem sua forma de pensar e também tem o direito de tirar suas próprias conclusões a respeito de qualquer tema, porém eu creio que devemos ter cuidado quando se refere à Palavra de Deus. [...]
sábado, 7 de junho de 2014
Ciclo de vida de uma Paixão
0A casa de Jesus
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A casa de Jesus
Inteligência Emocional
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Inteligência Emocional
Diferença entre Paixão e Amor
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Diferença entre Paixão e Amor
AMOR
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PAIXÃO
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não arde em
ciúmes (v.4)
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Tem
ciúme excessivo.
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não se ufana [se orgulha] (v.4)
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Orgulha-se
e faz cobranças.
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não se
ensoberbece
(v.4)
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Sente-se
superior ao outro.
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não se conduz
inconvenientemente (v.5)
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Sem limites.
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não
procura os seus interesses (v.5)
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Sentimento
possessivo.
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não se exaspera [se irrita] (v.5)
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Incomoda
com pequenas coisas
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não se ressente
do mal (v.5)
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Magoa-se
facilmente.
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não se alegra
com a injustiça, mas regozija-se com a verdade (v.6)
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Esconde
a verdade com medo de ser descoberto.
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AMOR
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PAIXÃO
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é paciente (v.4)
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Impaciente
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é benigno (v.4)
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Vê
maldade em tudo.
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tudo sofre (v.7)
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Não
enfrenta o sofrimento.
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tudo crê (v.7)
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Baseia-se
no que vê.
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tudo espera (v.7)
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Não
sabe esperar o tempo certo.
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tudo suporta (v.7)
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Não
aguenta pressão.
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jamais acaba (v.8)
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Termina
com o tempo.
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sexta-feira, 30 de maio de 2014
A Igreja segundo Jesus Cristo
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1) JESUS CRISTO, O Sr. aprova a diversidade que há no protestantismo?
Resposta: Quando eu vim resgatar a humanidade, eu convivi numa época onde havia diversos tipos de denominações entre os judeus: saduceus, fariseus, herodianos e os zelotes. Jamais fiz, sequer uma crítica a essa divisão. Nesse ponto, não importa se os nomes das placas são diferentes; importa se o MEU Evangelho é pregado em sua forma mais pura. Nunca, em momento algum, Eu determinei que denominações diferentes, seriam prova de inautenticidade, mas sim Eu prezo que as diferentes denominações não tenham ERROS DOUTRINÁRIOS para com as Escrituras... e esse é justamente o ponto onde muitos erram, preocupando-se somente com o nome da placa. Matam-se os mosquitos, mas dá-se passagem ao camelo...
2) Mas Senhor JESUS CRISTO, e quanto a unidade?
Resposta: A unidade pra mim, não é o mesmo que pra vocês, minha unidade consiste de diversidade, Eu e o Pai somos UM, Eu enviei o Consolador que comigo também é UM. Unidade com diversidade. A palavra 'ECHAD" usada para minha unidade, indica diversidade, assim como Eu e o Pai somos, vocês também devem ser unidos, Eu e o Pai somos UM mas não o MESMO, Eu não sou o Pai, o Pai não Sou Eu, Eu Sou o que Sou e o Pai também quanto a natureza, mas não quanto a pessoa, Eu, O Pai e Espirito Santo, somos uma unidade na diversidade e uma diversidade em uma unidade. Entende isso? Quando você entender o que Eu e o Pai somos Um, você irá entender que essa diversidade na unidade se consiste em verdade amor e santidade, portanto, só pode haver unidade mesmo quando houver diversidade se a verdade o amor e a santidade estiverem sendo consideradas. A unica unidade aceitável, é a que envolve verdade, santidade e amor!
Uma breve análise das escrituras acerca das Igrejas.
As Escrituras nos declaram enfaticamente que "é impossível que Deus minta" (Hb 6:18). Paulo fala do "Deus que não pode mentir" (Tt 1:2). Ele é um Deus que, mesmo que não sejamos fiéis, "permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2:13). Deus é a verdade (Jo 14:6) e assim também é a Palavra dele. Jesus disse ao Pai: "a tua Palavra é a verdade" (Jo 17:17). O salmista exclamou: "As tuas palavras são em tudo verdade" (Sl119:160). Quando Jesus se refere a Palavra de DEUS, ELE SEMPRE SE REFERE AS ESCRITURAS E NÃO A TRADIÇÃO. Jesus referiu-se as Escrituras como sendo a "Palavra de Deus", que "não pode falhar" (Jo 10:35).Ele disse:
"até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra"(Mt 5:18).
Sendo que as escrituras não podem falhar, pois são a Palavra de Deus e Deus não mente, então a autoridade máxima nesses assuntos é as escrituras, e não a Igreja, a Igreja nasce debaixo da Palavra e deve ser submetida a ela. Portanto qualquer Igreja que não se submeta as escrituras, não tem a verdade, não é de Deus, por que Deus não mente e as escrituras não podem falhar. Homens erram, concílios erram, igrejas erram, Mas as Escrituras nunca erram quando o assunto é sobre o que Deus diz.
Portanto qualquer um que negar o SOMENTE AS ESCRITURAS, torna Deus um mentiroso e substitui a PALAVRA VIVA E ESCRITA, pela SOLA ECLÉSIA. Obviamente um grande erro, pois insinua-se que é a Igreja(comunidade, organismo, instituição) é quem sustenta a verdade no sentido de que é a Igreja e não as escrituras quem ditam essa verdade, mas não, o certo é que a verdade deve ser sustentada pela Igreja, no sentido de que a Igreja deve pregar e ensinar a verdade, e o que é a verdade? Repito o que o salmista exclamou: "As tuas palavras são em tudo verdade" (Sl119:160). Também a Bíblia diz que Deus é a verdade (Jo 14:6) e assim também é a Palavra dele. Novamente repito, Jesus disse ao Pai: "a tua Palavra é a verdade" (Jo 17:17). Sendo assim, seria correto dizer que a Igreja é quem sustenta a Deus? Não, o correto e é o que Paulo ensina em sua carta a Timoteo, é que na Igreja reside, se guarda, se mantém, se preza a verdade que é as escrituras, logo, toda igreja que não sustenta a verdade, que não porta a verdade, que não prega a verdade, que não ensina a verdade, mesmo que tenha pose de uma Igreja, todavia ela não é uma igreja de verdade!
Quando lemos as cartas de Paulo como um todo e não isoladamente vemos claramente que o sentido de sustentar a verdade é o de manter, preservar, seguir, ensinar e se caso a igreja deixe de fazer isso, mesmo que ela esperneie se gloriando devido a verdade ser revelada a ela, ela será cortada: “Se alguns dos ramos foram cortados, e se tu, oliveira selvagem, foste enxertada em seu lugar e agora recebes seiva da raiz da oliveira, não te envaideças nem menosprezes os ramos. Pois, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, talvez: Os ramos foram cortados para que eu fosse enxertada. Está certo. Eles, porém, foram cortados devido à incredulidade, e você permanece pela fé. Não se orgulhe, mas tema. Pois se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará você. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, bondade para contigo, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado” (Romanos 11:17-22)
Paulo, claramente diz que não é a Igreja, quem sustentava a raiz, mas a raiz é quem sustenta a igreja. Se a Igreja não permanece na verdade, certamente será cortada da raiz. Explicando isso, é mais ou menos assim... a Igreja é um vaso, que contém uma linda planta, todavia a enfase é na planta e não no vaso, e se por acaso o vaso não for bem cuidado, preservado, mantido integro para o uso, com certeza o jardineiro irá inutilizar o vaso e preparar outro. Dessa forma, nós como igreja, somos vasos que devemos preservar a planta, pois é ela quem gera frutos e não o vaso, da mesma forma, não são os ramos quem sustentam a raiz mas é a raiz quem da sustento a toda arvore.
Portanto, todo aquele que preserva, ensina, preza, sustenta a verdade, esse é que se constituem igreja. Nós não deixamos e nem saímos da igreja, nós deixamos e saímos da instituição que deixou de pregar a unica verdade, que é o que está posto nas escrituras.
Quem se submete as escrituras e aceita e carrega consigo o evangelho de Jesus Cristo, esse é uma Igreja, onde quer que ele esteja.
Uma vez Ateu, Sempre Ateu?
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C. S. LEWIS
No caso de Sigmund Freud, sim; no caso de C.S. Lewis, não. O famoso pai da psicanálise morreu ateu aos 83 anos e o famoso crítico literário de Oxford e Cambridge renunciou o ateísmo quase na metade de sua vida - 31 anos depois de seu nascimento (1898) e 34 anos antes de sua morte (1963).
Os escritos de Freud levaram e ainda levam muita gente ao ateísmo, e os de C. S. Lewis levaram e ainda levam muita gente à fé. Ao contrário do médico vienense, o autor das Crônicas de Nárnia é considerado "o mais popular defensor da fé no século 20".
C.S. Lewis fora da creche
Embora fosse neto de pastor e tenha sido criado na fé cristã pelos pais, C.S. Lewis enveredou-se progressivamente para o ateísmo já no início da adolescência. Além de esconder o que estava acontecendo para não assustar o pai, o menino fez de conta que era crente e até participou da classe de catecúmenos. Mais tarde, confessaria que "a covardia o levou à hipocrisia e a hipocrisia, à blasfêmia".
Uma das explicações para o ateísmo de Lewis é a mesma de muitos outros ateus: ele queria livrar-se da interferência de alguém, em particular, a interferência de Deus, o "Intruso", ou o "Interventor Transcendental".
Lewis se abrigava em Freud para justificar o seu ateísmo e avançar cada vez mais em direção à não-existência de uma "Inteligência além do Universo". Naquela época, conta Lewis, "a nova psicologia [de Freud] já estava nos penetrando a todos [e, embora não a engolíssemos por completo], fomos todos influenciados".
Ele aprendeu com o médico de Viena que a fé em Deus não passa da projeção de fortes desejos e necessidades internas. A idéia de um "super-homem idealizado dos céus" é algo infantil, e o "mundo não é uma creche", dizia Freud.1
Outra pessoa que perturbou sobremaneira a vida de Lewis foi a superintendente do colégio interno em Malvern, a professora Cowie, uma espécie de mãe substituta (a mãe verdadeira de Lewis havia morrido de câncer quatro anos antes, quando ele tinha apenas 9 anos). Cowie não era uma mulher sem fé, mas "ainda não havia atingido a sua maturidade espiritual [e vivia] zanzando de um culto para outro, sobre os quais ela discutia com Lewis". Ela o deixou confuso e "raspou fora as arestas pontiagudas" da fé que ele tinha.2
Já o querido professor William Kirkpatrick, mesmo sem impor seu ateísmo aos alunos, forneceu a Lewis argumento suficiente para ele defender sua postura contrária à religião. E, na universidade, como diz Armand Nicholi, autor de Deus em Questão (Editora Ultimato, 2005), "estudantes e professores escrutinam cada aspecto possível do universo - desde os bilhões de galáxias, até as partículas subatômicas, elétrons, quarks -, mas evitam rigorosamente examinar as suas próprias vidas".3
C.S. Lewis de volta à creche
No segundo trimestre de 1929, Freud estava com 73 anos e C.S. Lewis ainda não tinha completado 31. O pastor suíço Oskar Pfister, o melhor e mais perseverante amigo do psicanalista ateu, estava com 56 anos. Em carta datada de 26 de maio, Freud escreveu a Pfister que "a vida não é fácil em si e seu valor é duvidoso".4
Freud estava, havia seis anos, com um doloroso câncer no palato, que dificultava a ingestão de alimentos, a respiração e a fala.
Em abril, no domingo de Páscoa, Lewis admitiu que Deus era Deus, dobrou os seus joelhos diante do bendito "Interventor Transcendental" e orou.
Ele mesmo conta: "Naquela noite, quem sabe, eu era o mais deprimido e relutante convertido de toda a Inglaterra".
Para Lewis, a fé não começa pelo conforto, mas pelo pavor. É preciso passar primeiro pelo pavor provocado pela santidade de Deus e pela convicção de pecado, para depois experimentar o conforto. No caso dele, como no caso do etíope encarregado de todos os tesouros de Candace, que lia Isaías 53.7-8; de Agostinho, que ouviu alguém recitar Romanos 13.13-14; e de Lutero, que leu Romanos 3.21-23, foi a leitura do Novo Testamento no original em grego que os levou à fé.
Como se chama a experiência pela qual passou Lewis? Embora significativas e parcialmente esclarecedoras, as palavras "alteração", "transição" e "mudança" são pobres para expressar tamanha transformação, interior, profunda, definitiva e também misteriosa.
"Conversão" é a palavra mais apropriada e mais usada nas Escrituras Sagradas. Porém, na linguagem soteriológica, há uma expressão que define melhor o fenômeno da mudança. É aquela que Jesus dirigiu a Nicodemos: "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo [ou de cima]" (Jo 3.3). Em novembro de 1898, Lewis nasceu da mãe e em abril de 1929, "nasceu de novo", nasceu do Espírito. "Se alguém está em Cristo", afirma Paulo, "é nova criatura" (2 Co 5.17).
C.S. Lewis surpreendido pela alegria
Do ateísmo, Lewis passou para o teísmo e do teísmo, para o cristianismo.
No ateísmo, ele não acreditava em Deus algum. No teísmo, passou a acreditar num Ser Sobrenatural, numa Inteligência Superior, numa Autoridade Última, num
Governador do Universo. No cristianismo, declarou haver "um Deus" e que "Jesus é o seu Filho Único".
Antes da metanóia (mudança de mente), Lewis dizia que, assim como Hércules ou Odim foram considerados deuses depois de terem morrido, o profeta judeu Yeshua (Jesus) também foi considerado Deus depois de ter sido crucificado e sepultado.
Jesus era mais um mito entre outros tantos. Contudo, depois da Páscoa de 1929, para Lewis Jesus deixou de ser simplesmente filho de Maria e José ou qualquer outro homem, o contestador, o mártir, o morto que nunca se levantou da tumba. Ele o descobriu como o Deus invisível que se tornou visível, cuja morte foi vicária, cuja ressurreição aconteceu de fato, cujos ensinos e promessas são totalmente confiáveis e cuja volta em poder e glória é absolutamente certa.
Mas a alteração não ficou apenas no terreno da contemplação e da teologia. Ele mudou completa e drasticamente, como observa Nicholi. O diário de Lewis, que ele abandonou depois da conversão, mostra que ele era crítico, orgulhoso, cínico, cruel e arrogante (há registros discriminatórios, como "italianinho repulsivo", "padre asqueroso", "mulher gorda, feia e bonachona", e alguém que ele chama de "pequeno asno"). O autor de Os Quatro Amores abandonou esse comportamento e passou a viver e a ensinar a prática da afeição: "Você pode dizer o que bem entender no tom certo e no momento certo - no tom e no momento que não têm a intenção de machucar, e não vão mesmo machucar".5
Lewis ensinava também que os nossos relacionamentos com os outros devem ser caracterizados por "um amor real e custoso, com profundo pesar pelos pecados dos outros, [...] sem arrogância, nem superioridade, nem presunção".6
Ao abandonar o ateísmo, Lewis abandonou Freud. O mandamento de Jesus é amar o próximo como a si mesmo (Mt 19.19), mas o criador da psicanálise mudou para amar o seu próximo como o seu próximo o ama. Lewis preferiu ficar com o ensino cristão. Para ele, se não amamos uma pessoa é preciso começar a desgostar menos e a gostar um pouco mais dela...
Outra evidência da mudança de Lewis é que ele se tornou um destemido e bem sucedido arauto da fé, principalmente no meio acadêmico e literário.
A professora Gabriele Greggersen, autora de A Antropologia Filosófica de C.S. Lewis (Editora Mackenzie, 2001), afirma que "todas as palestras radiofônicas, difundidas pela BBC de Londres, e obras, que vão desde a ficção científica a um tratado de literatura, de C.S. Lewis, carregam a mensagem de esperança para um mundo já esvaziado de parâmetros antropológicos sólidos".7
Dos vários livros de Lewis, o que mais explicitamente descreve o encontro dele com Deus é a autobiografia Surpreendido pela Alegria (Editora Mundo Cristão, 1998), leitura obrigatória em cursos de graduação e pós-graduação oferecidos por universidades de renome internacional.
Gabriele garante que há cerca de 400 mil sites diferentes dedicados a Clive Staples Lewis.
O psiquiatra Armand M. Nicholi Jr., que ministrou por 35 anos um curso sobre Freud e Lewis em Harvard, termina o livro Deus em Questão com a seguinte afirmação:
"Freud e Lewis representam as partes conflitantes dentro de nós mesmos. Uma parte levanta a voz de desafio à autoridade, dizendo como Freud: 'Não me renderei jamais'. A outra, como Lewis, reconhece dentro de si um alento profundamente assentado por restabelecer um relacionamento com o Criador".9
Betty Bacon e C.S. Lewis
Identifico-me muito com C.S. Lewis. Perdi a minha mãe com 5 anos e vivi a adolescência durante a Segunda Guerra Mundial. Vi as bombas caírem em Londres e em outros lugares da Inglaterra. Fiquei sabendo do que estava acontecendo nos campos de extermínio nazistas. Enfrentei muitos questionamentos na Universidade. Ali fui poderosamente alcançada pela graça de Deus por meio de Jesus Cristo, que aceitei conscientemente como Senhor e Salvador. Logo comecei a participar do grupo local da Intervarsity Fellowship (a ABU inglesa). Sentia necessidade de base firme, racional e, pela fé, descobri junto com os colegas cristãos as riquezas da revelação bíblica. Os livros de Lewis sobre literatura medieval eram leitura essencial para quem estudava língua e literatura inglesa, como eu. Só mais tarde li As Crônicas de Nárnia e a ficção científica de Lewis. Entendo perfeitamente a tremenda alegria que ele sentiu quando soube de vez que Deus se encarnara em Jesus, como se lê em Surpreendido pela Alegria. Lamento
que Freud não tenha tido experiência igual, apesar da herança judaica, que poderia tê-lo levado ao Messias.
Betty Bacon, 78 anos, é casada, mãe de cinco filhos e vive no Brasil há 54 anos. É professora de seminários, assessora da ABU e escritora. É autora de Insights into Brazilian Literature (sobre literatura brasileira) e de Estudos na Bíblia Hebraica. Participou da comissão que produziu a Nova Versão Internacional (NVI) da Bíblia Sagrada.
Notas:--------------------------------------------------------------------------------
1. Deus em Questão, p. 21, 45.
2. Idem, p. 38.
3. Idem, p. 14.
4. Cartas entre Freud e Pfister, p 172.
5. Deus em Questão, p. 181.
6. Idem, p. 199.
7. A Antropologia Filosófica de C.S. Lewis, orelhas.
9. Deus em Questão, p. 255.