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    terça-feira, 22 de junho de 2010

    Tornando-se Um Adorador


    Tornando-se Um Adorador


    O termo adoração deriva da palavra adorare. Em latim, adorare significa falar com, que em outras palavras significa ter comunhão com. Podemos entender, então, que adorar a Deus nada mais é que conversar com Deus ou ter comunhão com Deus. Apesar da definição acima, a palavra adoração requer uma compreensão muito mais profunda do seu significado. O termo adorare tem um sentido bem mais amplo do que o verbo falar da língua portuguesa, como veremos posteriormente. No Antigo Testamento, há duas palavras significando adoração. Uma delas, em certos lugares, tem o sentido de fazer "reverência" ou "inclinar-se":
    "Então o rei Nabucodonosor caiu com o rosto em terra, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem uma oblação e perfumes suaves" (Daniel 2.46)
    a outra usa-se a respeito do culto prestado ao Senhor e a outros deuses ou objeto de reverência:
    "Então inclinou-se o homem e adorou ao Senhor;" (Gênesis 24:26)
    "e, inclinando-me, adorei e bendisse ao Senhor, Deus do meu senhor Abraão, que me havia conduzido pelo caminho direito para tomar para seu filho a filha do irmão do meu senhor" (Gênesis 24.48)
    etc.
    No Novo Testamento a palavra é usada com as seguintes significações:
    adoração a Deus:
    "Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás" (Mateus 4.10)
    reverência para com Jesus Cristo:
    "Vendo, pois, de longe a Jesus, correu e adorou-o" (Marcos 5.6) e culto idólatra: "Antes carregastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que vós fizestes para adorá-las. Desterrar-vos-ei pois, para além da Babilônia" (Atos 7.43).

    Para o povo hebreu, o significado de adoração era algo realmente diferente daquilo que muitas vezes pensamos hoje em dia. A adoração era tomada como um estilo de vida. Para eles isto não significava atividades no templo, cultos, música, etc., mas sim, ter como modo de vida a adoração diária e constante. Percebemos que o povo hebreu adorava a Deus em muitas de suas atividades diárias.
    Assim como o povo de Deus na antigüidade, nós devemos tomar a adoração como um modo de vida. A própria Bíblia nos revela que Deus procura pessoas que o adorem em espírito e em verdade. Ele procura pessoas que saibam adorá-Lo!!!

    AMIZADE, PREOCUPAÇÃO, APRENDER A AGRADAR E DOAÇÃO

    Eu, pessoalmente, gosto de ramificar a palavra adoração em quatro temas que estão intimamente ligados a ela: amizade, preocupação, aprender a agradar e doação. Estes quatro temas, como estudaremos a seguir, nos darão uma visão mais ampla para o aprendizado da adoração.

    Observe:

    • Adoração é amizade:

    Você se lembra de alguma situação na qual você foi apresentado a uma pessoa desconhecida? Nestas situações, é natural que o ser humano se sinta retraído e tímido. Isto acontece com todas as pessoa e assim ocorre porque ainda não existe uma intimidade profunda nesta relação. Tudo parece estranho.
    Quando uma verdadeira amizade é formada, cria-se também uma relação mútua de amizade. É um sistema de parceria. Um se coloca a disposição do outro para o que for preciso. Cada dia que passa, o relacionamento se torna mais íntimo e a comunhão mais profunda.
    Na relação entre Deus e o adorador ocorre o mesmo processo. O ser humano é apresentado a um novo amigo (Deus). No princípio desta amizade ele não O conhece e não sabe como agradá-lo. Não há familiaridade. Ambos, então, passam a conversar constantemente (a oração). O homem então começa a entrar na intimidade de Deus e conhecê-lo melhor a cada dia que passa. Este é um ponto fundamental para haver sincera adoração: tornar-se amigo de Deus!
    A questão do conhecimento dentro da amizade também é um requisito básico para um adorador. Ele deve se esforçar para conhecer Deus ao máximo e estreitar esta amizade maravilhosa que foi construída. O próprio Senhor Jesus revela em João 15:15:
    "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer." João 15.15
    Como é bom saber que Jesus nos chama de amigos e está sempre aberto para novas amizades!
    O ser humano, quando aceita Deus, se torna um amigo de Deus. Porém, Deus exige que a pessoa obedeça a Sua vontade. O homem só continuará esta amizade quando estiver fazendo a Sua vontade. O Senhor Jesus novamente nos revela em João 15:14:
    "Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando". João 15.14

    Quando a pessoa ora, louva, agradece, dobra os joelhos ou lê a Bíblia, ela está adorando a Deus. Qualquer um que deseja se tornar um adorador, deve buscar incansavelmente exercitar a adoração. Deus procura pessoas que assim o façam e assim O buscam. É muito bom saber que Ele se deixa achar. Observe em Jeremias 29.13, Deus dizendo:
    "Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração." Jeremias 29.13

    • Adoração é preocupação

    Adoração também está relacionado com a palavra preocupação. Quando uma pessoa aceita Jesus, ela deve ter a preocupação de derrotar os pecados em sua vida. Este é o início da vida do adorador. Porém, o lado ruim desta preocupação é que no começo ela está totalmente direcionada aos pecados mais visados ou conhecidos tais como matar, roubar ou mentir. No início da vida cristã, esta pessoa se esforça para não cometer os erros tidos como "graves", e geralmente neste nível ela já se acha digno para trabalhar na obra. Muitos chegam a pensar: "Eu não mato, não roubo e não minto, portanto estou pronto para trabalhar na obra de Deus!"
    A medida que a pessoa começa a entrar na intimidade de Deus, a preocupação automaticamente aumenta, iniciando outra fase no processo da adoração. Nas Escrituras podemos encontrar um episódio que relata uma visão onde o profeta Isaías vê o Senhor assentado no seu trono. Observe o que ele diz quando teve a visão:
    "Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! (Isaías 6:5)".
    Podemos perceber que o sentimento de preocupação entrou instantaneamente no coração de Isaías. Ele viu que mesmo sendo um profeta de Deus poderia estar perdido, pois ainda era homem de lábios impuros, o que antes não lhe causava preocupação. Depois de ter um contato mais profundo com Deus, o adorador começa a entender que não roubar, não matar, não fumar, não mentir, etc., passam a ser requisitos básicos para se tornar um genuíno adorador. A preocupação começa a ser direcionada a pontos mais profundos, os quais pareciam sem significado no início da vida cristã. O adorador tenta não murmurar, não pronunciar palavras frívolas e torpes, não sentir inveja ou não ser homem de lábios impuros como reconheceu Isaías. A pessoa entende que pode magoar a Deus em pequenas atitudes. Este é um patamar mais elevado no que se refere a comunhão e intimidade com o Senhor.
    Há um certo nível no processo da adoração onde a pessoa deseja viver totalmente dependente de Deus, conversando com Ele diariamente. O adorador tem sede de conhecê-Lo mais e mais. A intimidade se torna tão profunda que a preocupação leva a pessoa a estar constantemente se perguntando:
    "Será que esta atitude vai agradar a Deus?"
    "Será que isto vai magoar a Deus?"
    "Deus vai concordar com aquilo?"
    Estas perguntas devem fazer parte do vocabulário diário do adorador. O levita que é verdadeiro adorador requisita Deus até na escolha dos cânticos de sua igreja.
    Você entende? O genuíno adorador deve colocar Deus no centro de sua vida. Todas as preocupações devem ser voltadas a Ele. O próprio povo de Israel nos serviu de grande exemplo vivenciando a adoração colocando Deus no centro das preocupações!

    • Adoração é aprender a agradar

    Adorar a Deus é aprender a agradá-lo. Como já expliquei anteriormente, só podemos agradar uma pessoa quando conhecemos o coração dela. O adorador só começará a agradar a Deus quando ele começar a conhecer o Seu coração e conhecer Sua Palavra. O desejo de Deus para o adorador é capacita-lo a entender o que é agradável ao seu coração.
    O discípulo Pedro foi repreendido muitas vezes pelo Senhor Jesus, mesmo depois de um tempo caminhando ao lado Dele. Em muitas ocasiões Pedro tentava agradar Jesus, porém de uma maneira errada, na ignorância. Até mesmo os discípulos foram repreendidos algumas vezes. Em Marcos 10.13,14 há um episódio onde as criancinhas queriam se encontrar com Jesus:
    "Então lhe traziam algumas crianças para que as tocasse; mas os discípulos o repreenderam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus". Marcos 10.13-14
    Nesta ocasião os discípulos provavelmente abordaram as crianças dizendo: "Vão embora! Não aborreçam o Mestre!". Com esta atitude pensaram que estariam agradando a Cristo, mas Ele ouvindo isto se indignou e os repreendeu severamente.
    Estas ocasiões bíblicas nos revelam que mesmo depois de terem aceitado seguir a Jesus, os discípulos falhavam quando tentavam agrada-lo de uma maneira errada! O adorador enfrenta o mesmo processo. Não se aprende a adorar a Deus da noite para o dia.
    Nas suas orações diárias, o adorador deve pedir que Deus se deixe revelar, e Ele certamente se deixará conhecer. Através da Bíblia e de experiências vividas diariamente o adorador aprenderá a agradar a Deus até nas mais pequenas atitudes.

    • Adoração é doação

    Adoração está relacionada com doação. Doação completa da vida do adorador para Deus. O próprio apóstolo Paulo ordena que: "... se ofereçam completamente a Deus como sacrifício vivo dedicado ao seu serviço e agradável a Ele". O texto é bem claro! O adorador tem a obrigação de se dedicar inteiramente a Deus, doando tempo para o serviço de Deus e principalmente para Deus.
    Como este livro é direcionado às pessoas que atuam no ministério de louvor, há uma pergunta que eu gostaria muito de responder: "Como o adorador pode doar seu trabalho de músico na obra de Deus?"
    Primeiramente, ele deve buscar estreitar a sua relação com Deus diariamente. O verdadeiro adorador não pode falar com Deus apenas nos cultos da igreja. A comunhão deve ser estreitada dia após dia. O músico cristão não deve substituir nem a música pelo relacionamento com Deus. A vida do levita dever ser inteligentemente balanceada entre Deus e a música.
    Em segundo lugar o músico deve estar disponível para ministrar em qualquer lugar e horário que lhe for possível. O adorador deve ter em seu coração o "eis-me aqui, envia-me a mim". Isto significa prontidão e disponibilidade para a obra de Deus!
    O adorador precisa entender a palavra doação. Doar significa dar sem pedir de volta! Dar não significa emprestar! Quando você empresta alguma coisa a alguém, você espera que a pessoa te devolva. Quando ela não devolve você começa a cobrar. Eu quero que você entenda que doar a Deus é dar por amor, sem pedir nada em troca. Deus é que respalda o adorador quando Ele deseja. O Diabo, em troca da adoração, oferece satisfação e prazeres carnais ao homem. No episódio onde tentou Jesus no desertou ele disse:
    "Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares" (Mateus 4.9).

    O adorador deve sua vida a Deus mesmo que seja abençoado ou não. Portanto, devemos adorar a Deus aprendendo a doar o que temos e o que somos, sem pedir algo em troca. Deus nos abençoará conforme a sinceridade da nossa adoração.

    QUANDO E ONDE DEVO ADORAR A DEUS?

    Para explicar esta parte vamos utilizar novamente a ilustração da nova amizade formada.
    Como já foi explicado anteriormente, no início de uma nova amizade não existe muita liberdade. A amizade é um pouco retraída nas primeiras semanas. Você não se sente tanto à vontade conversando com uma pessoa recém conhecida. É um diálogo bem diferente do que aquele que você tem em casa com sua família.
    Mas qual é a diferença entre a família e um novo amigo? A diferença é que você cresceu dialogando com os seus pais e irmãos, você faz isto todos os dias. É por este motivo que quando está em casa, você tem mais liberdade, mais intimidade. Encontrar as mesmas pessoas todos os dias se torna rotina.
    Com Deus ocorre exatamente o mesmo processo. Quanto mais você conversa com Ele, mais você ganha liberdade e intimidade com Ele. O verdadeiro adorador sente necessidade de adorar a Deus todos os dias! Muitos cristãos ainda não aprenderam isto e acabam cometendo o erro de falar com Deus apenas nos cultos. E triste observar que muitos buscam e conversam com o Senhor na igreja, mas quando estão fora dela se esquecem totalmente que Ele existe.
    Uma pai de família não deseja ter diálogo com os filhos apenas uma ou duas vezes na semana. Da mesma forma, Deus não quer ter comunhão com seus filhos apenas nos cultos, mas em todos os momentos de suas vidas. Deus quer que seus filhos transformem a palavra adoração num estilo de vida, ou seja, vida de sincera adoração. A relação do adorador com Deus deve ser renovada e estreitada dia a dia.
    É tempo de despertarmos e vivermos em adoração a Deus constantemente! Você pode adorar a Deus quando estiver dirigindo o carro, cozinhando, trabalhando, estudando, etc. Ele está sempre ao teu lado esperando para falar-lhe. Em qualquer lugar que você for, Deus estará pronto a te ouvir e ouvir os teus louvores em adoração. É bom saber que Deus deseja estar em comunhão ininterrupta com seus adoradores, abençoando-os conforme a sinceridade dos seus corações!

    COMO A ADORAÇÃO GENUÍNA TRAZ AS BÊNÇÃOS DE DEUS

    O desejo de Deus é abençoar-nos em abundância quando louvamos e adoramos. O processo de derramar suas bênçãos sobre o louvor pode ser comparada ao ciclo de chuvas da natureza. É justamente aquele que se estuda na escola. Você lembra?
    É o método pelo qual as nuvens se formam, através da evaporação. Depois vem a chuva e rega a terra, tornando-a frutífera e produtiva. Veja o processo abaixo:
    • O calor e o brilho do Sol atingem as águas (rios, mares, oceanos, lagoas, riachos, cachoeiras, etc). "Deus espalha luz sobre o oceano" (Jó 36:30);
    • As águas se aquecem a ponto de se transformarem em vapor;
    • O vapor, então, sobe ao céu, por ser mais leve do que o ar;
    • O vapor que chega ao céu forma as nuvens, carregando-as;
    • Toda a água contida nas nuvens, desaba sobre o solo em forma de gotas (a chuva).
      Esta é a parte do processo onde a água torna o solo frutífero.
    • A terra, que está fértil, fornece ao semeador árvores e frutos procedentes das sementes plantadas;
    • O excesso de água corre para os rios e mares, onde o processo todo recomeça.
    A natureza foi criada por Deus, e Deus a criou perfeita. Ele também criou o ciclo das chuvas conforme a sua vontade, para servir o homem e os animais. Da mesma maneira, o processo de abençoar-nos foi criado com perfeição, conforme a sua vontade. Observe o que acontece quando louvamos a Deus como Ele deseja:
    • Deus faz com que suas bênçãos brilhem sobre os homens, assim como o sol brilha sobre os oceanos;
    • O coração do homem se aquece com relação à Deus, em resposta às bênçãos que Deus têm brilhado sobre ele, assim como se aquecem as águas do oceano, quando o sol brilha sobre elas;
    • Os louvores do homem sobem a Deus, assim como os vapores das águas do oceano sobem aos céus;
    • Assim como o vapor da água vai formar a chuva, os nossos louvores à Deus vão formar as nuvens de bênçãos;
    • Deus faz com que as nuvens de bênçãos se destilem em chuva, caindo então sobre a terra. "...estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra" (Ecl 11:3);
    • A terra (coração) se torna frutífera e próspera, proporcionando frutos para o semeador;
    • O excesso de chuva correm para os rios e mares, onde o processo todo recomeça.
    Você entendeu o processo? Quando convidamos Deus a entrar em nossos corações, cria-se em nós um desejo de louvá-Lo. A medida que os nossos louvores sobem aos céus, a chuva de bênçãos de Deus cai sobre nós. A medida que adoramos a Deus, Ele vai formando nuvens de bênçãos com nossos louvores, então Ele envia abundante chuva sobre nós. A quantidade de chuva é exatamente proporcional à quantidade de louvores que elevamos à Deus. Se não houver adoração, também não haverá chuva.
    A chuva torna o solo produtivo e frutífero. Quando não há chuva, a terra torna-se seca e arenosa, inútil. O nosso coração é o solo. Quando não há louvor e adoração o coração torna-se duro e sem frutos. Porém quando adoramos a Deus profundamente, a chuva cai e os frutos da terra começam a florescer. Tais frutos são o amor, a alegria, a paz, a mansidão, ...

    Os Instrumentos Musicais

    Assim como os ritmos, os instrumentos musicais utilizados dentro e fora das igrejas têm sido alvo de dúvidas e variadas perguntas. Instrumentos que parecem impróprios ou incovenientes para o serviço do louvor, têm sido constantemente interrogados. Neste capítulo tentarei esclarecer um pouco mais este assunto aos irmãos. Pretendo também esclarecer a relação entre músicos, quantidade de instrumentos e unção no louvor.

    Histórico

    Na idade média, o orgão acústico era o único instrumento liberado para acompanhar os cantores nas igrejas. Era considerado o único instrumento sacro e o único próprio para harmonizar os cânticos no interior dos templos. Isto ocorria devido ao forte preconceito que existia contra os demais instrumentos, entitulados "pagãos". Portanto, pensava-se que Deus poderia enfurecer-se ouvindo o som de tambores, palmas, cordas ou qualquer outro tipo de som que não fosse o órgão.
    Com o passar dos tempos, as igrejas foram quebrando este preconceito inserindo toda sorte de instrumentos musicais e enriquecendo a música cristã.

    O que diz a Bíblia?

    No Velho Testamento observamos que o próprio povo de Deus usava uma rica variedade de instrumentos musicais. Confira em I Crônicas 5:13:
    "...quando os trombeteiros e os cantores estavam acordes em fazerem ouvir uma só voz, louvando ao Senhor e dando-lhe graças, e quando levantavam a voz com trombetas, e címbalos, e outros instrumentos de música, e louvavam ao Senhor, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre; então se encheu duma nuvem a casa, a saber, a casa do Senhor..." I Crônicas 5.13

    Nas Escrituras Sagradas, os instrumentos musicais não estão de forma alguma relacionados com paganismo ou com qualquer outro tipo de mal. Não nos deparamos com passagens bíblicas referentes a "instrumentos musicais demoníacos". Não encontramos versículos onde Deus revela que não goste de algum instrumento ou que demonstre alguma preocupação com isso.
    No livro dos Salmos, versos 3, 4 e 5, Davi ordena o seguinte:
    "...Louvai-o com o som da trombeta, Louvai-o com saltério e com harpa, Louvai-o com instrumentos de corda e com flauta, Louvai-o com címbalos altissonantes...". Salmos 150.3-5
    A palavra-chave deste verso é "Louvai-o". Neste trecho percebemos que Davi não deu a mínima importância aos instrumentos, porém estava preocupado com a ordem de louvar a Deus! Acredito que ele quis expressar isto: "Louvem todos, não importa o instrumento musical, Louvai a Deus, Louvai-o com teu fôlego, Louvai ao Senhor!
    Em 1 Cr 13.8, Davi e o povo de Israel louvavam a Deus com dois instrumentos não mencionados no Salmo 150:
    "Davi e todo o povo de Israel alegravam-se perante Deus com todas as suas forças, cânticos, com harpas, com alaúdes, com tamborins, com címbalos e com trombetas". I Cr 13.8
    Você consegue perceber a variedade de instrumentos que os dois versos citam? Aqui estão eles: trombeta, saltério, harpa, instrumentos de corda, flauta, címbalos altissonantes, alaúdes e tamborins. É uma verdadeira orquestra!
    Compreendemos que o povo de Israel não possuía preconceito algum vinculado a instrumentos musicais, porém possuía uma rica variedade deles. Confira em II Samuel 6.5:
    "E Davi, e toda a casa de Israel, tocavam perante o Senhor, com toda sorte de instrumentos de pau de faia, como também com harpas, saltérios, tamboris, pandeiros e címbalos". II Samuel 6.5
    As Escrituras Sagradas revelam em I Crônicas 15.16:
    "E Davi ordenou aos chefes dos levitas que designassem alguns de seus irmãos como cantores, para tocarem com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, e levantarem a voz com alegria" I Crônicas 15.16
    Poderíamos citar mais dezenas e dezenas de versículos a respeito da grande diversidade de instrumentos que povo possuía.
    Apesar de todos estes versos citados alguns deverão se questionar: "Será que o som barulhento de algum instrumento não tem influência sobre o louvor?", "Há instrumentos que podem atrapalhar um ambiente de louvor a Deus?". Estudaremos esta questão nas explicações abaixo.

    O Louvor Claro e o Louvor Incerto

    Apesar do povo Hebreu possuir toda essa variedade de instrumentos, a Bíblia relata que quando Moisés descia do monte com as tábuas da lei, ele ouviu juntamente com Josué, uma cântico duvidoso, que trazia incerteza, ao próprio Josué que era guerreiro. Ele não conseguia discernir que tipo de cântico era aquele. Observe em Êxodo 32.17 à 19:
    "Ouvindo Josué a voz do povo que gritava, disse a Moisés: Há um alarido de guerra no arraial. Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço. Logo que se aproximou do arraial, viu ele o bezerro e as danças; então, acendendo-se-lhe a ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte...". Êxodo 32.17-19
    Alarido significa algazarra, gritaria. O texto deixa claro que o cântico era de idolatria, mas se confundia com cântico de guerra.
    Será que estamos sabendo utilizar os nossos instrumentos para gerar louvores claros e inconfundíveis ao nosso Deus? Você entente? Não devemos ter preconceito contra instrumento algum, mas sim aprender a utilizá-los de uma forma clara e inteligível a todos. Com relação ao volume, deve-se ter percepção e sensibilidade para se controlar diante dos instrumentos conforme o espaço no qual se canta, produzindo assim, um ambiente agradável de louvor a Deus!

    O Músico e o Instrumento

    Os instrumentos em si não possuem maldade alguma. O problema maior quase sempre está relacionado com a pessoa que o executa, o músico. Em Am 5, 21-23 , Amós fala em lugar de Deus:
    "Aborreço, desprezo as vossas festas, e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépido dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras." Amós 5.21-23
    O texto acima expressa a desaprovação de Deus com relação às pessoas. Porém, a condenação não era pela qualidade musical dos levitas mas pela qualidade espiritual. Certamente os músicos estavam tocando maravilhosamente, mas os corações dos cantores e da congregação estavam frios.
    Infelizmente, o texto acima expressa atitudes muito conhecidas hoje em dia. Há músicos evangélicos que possuem um grande potencial musical, mas não há presença e poder de Deus quando executam os seus instrumentos. Tenho visto muitos shows cristãos realizados sobre grandes palcos repletos de instrumentos musicais caros, tecnologia de ponta, raios de luzes, etc., porém faltando o principal, a unção de Deus.

    Quantidade de Instrumentos Musicais

    Em Efésios 5:18,19 a Bíblia relata
    "...e não vos embriagueis com vinho, em que há devassidade, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no nosso coração." Efésios 5.18-19
    Nestes dois versos podemos constatar a falta de instrumentos musicais, porém o texto não nega que podemos cantar salmos, hinos, cânticos espirituais, etc.
    Comumente, pensamos que Deus só vai operar no louvor quando possuirmos um conjunto de instrumentos completo. Deus deseja manifestar sua presença independente da quantidade de instrumentos musicais, músicos ou cantores!
    Há pessoas que desanimam facilmente quando vêem um só instrumento presente na igreja. Inconscientemente pensam que o louvor não vai alcançar o trono de Deus. Acontece o mesmo com os músicos. Todos desejam estar dentro de um bom grupo de instrumentistas. Porém quando ministra sozinho, o músico se inquieta e sente-se inseguro.
    Como já mencionei anteriormente, Deus deseja estar presente em nosso louvor independente da quantidade de instrumentos musicais ou músicos. Você pode sentir a presença Dele tocando apenas um violão ou cantando sem instrumento. O propósito do Senhor é ouvir o som que sai dos nossos corações!


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