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    terça-feira, 8 de junho de 2010


    Mais Refutações Versículo por Versículo

    Discutindo a Deidade com as Testemunhas de Jeová

    VELHO TESTAMENTO


    Êxodo 33:20 - E acrescentou: Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (RA – Almeida Revista e Atualizada – daqui em diante [RA]).

    "Os homens viram Jesus Cristo", dirá uma Testemunha de Jeová "assim, Jesus não pode ser Deus". Há, porém, uma falha neste argumento. Ele ignora o fato que os homens só viram Jesus Cristo depois que ele "se fez carne e habitou entre nós". (João 1:14 - RA) Naturalmente, ele poderia ser visto então. Porém, quando foram articuladas as palavras de Êxodo 33:20 nos dias de Moisés, Jesus Cristo estava "na forma de Deus" e não podia ser visto pelos homens. (Filipenses 2:6). Ele assumiu uma forma diferente quando posteriormente “assumiu a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana". (Filipenses 2:7).

    Veja também a discussão de João 1:18.

    Provérbios 4:18: Na Tradução do Novo Mundo das TJs a passagem reza: “Mas a vereda dos justos é como a luz clara que clareia mais e mais até o dia estar firmemente estabelecido”. As testemunhas são ensinadas a usar este versículo como uma justificativa das muitas alterações doutrinais ao longo dos anos.

    Quando perguntados acerca do envolvimento passado da organização com a Grande Pirâmide do Egito como uma ferramenta para predizer datas (Para discussão e documentação veja “Como Salvar Seu Ente Querido da Torre de Vigia”, páginas 76-78 e 84-91.), a Testemunha típica responderá, "Nós já não acreditamos nisto porque a luz clareou mais e mais". Ou, quando questionados sobre o fato do porque os usuários de cigarro serem rejeitados como candidatos para batismo somente no início dos anos 70, uma TJ responderá, "Nós recebemos uma luz nova no assunto". Ao invés de ver tais mudanças como uma evidência de insegurança ou falibilidade humana na liderança da seita, os membros concluem que Deus está no comando da organização e que as mudanças provam o envolvimento ativo dele de forma ininterrupta. "As igrejas estão na escuridão, mas Jeová faz a luz clarear mais e mais para as suas Testemunhas" explicará uma TJ. De fato, as Testemunhas estão ansiosas por novas mudanças de crenças serem anunciadas nos congressos ou a introdução de novas publicações, que um livro novo ou congresso que não introduzam quaisquer "novas verdades" são uma decepção para elas.

    Estão os cristãos ortodoxos realmente em escuridão porque os batistas e luteranos de hoje abraçam as mesmas convicções de seus irmãos de cem anos atrás ? Estamos nós em escuridão porque nós estamos deixando de receber "novas luzes” de Deus? É isso que Provérbios 4:18 realmente ensina ?

    De jeito nenhum! Jesus Cristo é "a verdadeira Luz que ilumina todo homem". (João 1:9) Os que vêm a Cristo estão na luz. Que maior luz poderia haver ? O contexto de Provérbios 4:18 contrasta o caminho iluminado do justo com "o caminho do iníquo". (versículo 14) "O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam". (versículo 19) Isto não indica que o justo tropeça na direção errada até que eles recebam uma "nova luz" para os retificar. Se "novas verdades" contradizem ensinos antigos, então a "velha luz" deveria ter sido de fato a escuridão.

    Quando a seita da Torre de Vigia ainda estava em sua infância e antes que existisse por tempo suficiente para estar ajustando as suas próprias doutrinas, o fundador Charles Taze Russell apontou esta mesma prática como um das falhas da seita adventista que ele deixou para trás. Ele declarou,

    Se nós estivéssemos seguindo um homem indubitavelmente seria diferente conosco; indubitavelmente uma idéia humana contradiria outra e que era luz por um ou dois ou seis anos atrás seria considerada agora como escuridão; Mas com Deus não há nenhuma variação, nem sombra de mudança, e assim é com a verdade; qualquer conhecimento ou luz vinda de Deus devem ser como o seu autor. Uma visão nova de verdade nunca pode contradizer uma verdade anterior. Uma “Nova Luz” nunca extingue uma “luz” mais velha, mas acrescenta-se a ela. – Zion’s Watchtower (A Torre de Vigia de Sião), Fevereiro de 1881, página 3 (Tradução do Irmão Brasileiro).

    Entretanto, a medida que se passou o tempo, a nova seita de Russel caiu naquele mesmo padrão por introduzir “novas verdades” que contradiziam ensinos anteriores da Torre de Vigia.

    Porém, talvez a evidência mais convincente contra o uso impróprio de Provérbios 4:18 pelas TJs é encontrada no retorno freqüente de pontos de vista previamente rejeitados pela da organização. Por exemplo, ela ensinou primeiro que as "autoridades superiores” de Romanos 13:1 são os governos seculares, e depois anunciaram isto como uma falsa doutrina e identificaram então as "autoridades superiores” como sendo Deus e Cristo, e mais tarde os identificaram novamente como os governos seculares. A Sociedade falou para seus seguidores ativos que eles eram todos "ministros" e depois negou isto em meados dos anos 70, dizendo então que ao invés disso, somente os líderes designados eram os ministros, e então no início dos anos 80 voltou atrás, declarando que toda TJ ativa era um ministro. Um deslocamento de ida-e-volta semelhante a este ocorreu no ensino da seita na identidade do “escravo fiel e discreto” de Mateus 24:25. Primeiro era dito que o "escravo fiel e discreto” era a congregação Cristã coletivamente, e depois Charles Taze Russell individualmente, e então depois novamente a congregação de forma coletiva. O ensino da Torre de Vigia que teve idas-e-voltas ainda mais drásticas foi na questão de se os homens de Sodoma iram ser ressuscitados. A resposta oficial era SIM em 1879, NÃO em 1952, SIM novamente em 1965, e NÃO mais uma vez em 1988. (A Sentinela de Julho de 1879 (Edição Americana*), página 8; 1 de junho de 1952 (Edição Americana*), página 338; 1 de agosto de 1965 (Edição Americana*), página 479 (Edição Americana*); e 1 de junho de 1988, página 31 (Edição Americana*))

    NOTA DO TRADUTOR: *Os artigos na edição americana tem uma diferença de datas com a edição brasileira até Dezembro de 1984. A partir da edição de 1 de Janeiro de 1985 as edições brasileira e americana saiam de forma sincronizada. Não tenho neste momento como precisar as datas destas publicações em português.

    Nestes assuntos, ao invés de "clarear mais" a “luz" das Testemunhas de Jeová tem piscado -- como uma luz de alerta na estrada que adverte o tráfego do perigo à frente. Realmente, todos deveriam levar a cabo que a estrada de Torre de Vigia não é “o caminho do justo" (Provérbios 4:18) mas se assemelha muito mais às estradas no longo caminho que conduz à destruição. (Mateus 7:13) As muitas mudanças doutrinais que a organização das TJs sofreu durante os anos são realmente descritos nas Escrituras, mas não em Provérbios 4:18. O versículo apropriado na Tradução do Novo Mundo é Efésios 4:14, "jogados como que por ondas e levados para cá e para lá por todo vento de ensino, pela velhacaria de homens, pela astúcia em maquinar o erro" ou como parafraseou na Bíblia Viva, "sempre mudando nossas mentes sobre o que nós acreditamos porque alguém nos contou algo diferente, ou mentiu habilmente para nós e fez a mentira parecer a verdade".

    Provérbios 8:22-31: “O SENHOR me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra. Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci. Ainda ele não tinha feito a terra, nem as amplidões, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens de cima; quando estabelecia as fontes do abismo; quando fixava ao mar o seu limite, para que as águas não traspassassem os seus limites; quando compunha os fundamentos da terra; então, eu estava com ele e era seu arquiteto, dia após dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo; regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens” (RA – Almeida Revista e Atualizada).

    A Tradução do Novo Mundo das Testemunhas verte o versículo 22 como “O próprio Jeová me produziu como princípio do seu caminho, a mais antiga das suas realizações de há muito" e as TJs interpretam isto se aplicando ao pré-humano Jesus Cristo – “provando” que ele não é Deus mas foi “produzido" ou criado por Deus como o primeiro anjo.

    Porém, o "eu" que está falando ao longo de Provérbios 8:1 até 9:12 é identificado como "a sabedoria," e muitas outras traduções refletem o fato que pronomes femininos são usados. A Sabedoria eleva a voz dela em 8:1; ela leva toma sua posição em 8:2; ela clama em 8:3; a sabedoria construiu a casa dela em 9:1; ela preparou a mesa dela em 9:2 – dificilmente a linguagem que alguém esperaria que fosse usada se tais passagens fossem aplicadas a Jesus Cristo (King James Version [Versão Rei Jaime], Revised Standard Version [Versão Padrão Revisada], Jerusalem Bible [A Bíblia de Jerusalém], Modern Language Bible [A Bíblia na Linguagem de Hoje], The Living Bible [A Bíblia Viva], A Literal Translation of the Bible in the Pocket Interlinear Old Testament [Uma tradução Literal da Bíblia no Velho Testamento Interlinear de Bolso])

    Além disso, as melhores traduções concordam com a versão King James (Rei Jaime) dizendo que Deus "possuiu" a sabedoria desde o princípio. De fato, é ilógico dizer que Deus a produziu e a criou, visto que isto implicaria que em um tempo anterior faltou sabedoria ao Todo-poderoso.

    Também veja a discussão de Isaías 44:24 e Colossensses 1:16.

    Isaías 44:24: “O Deus Eterno, o Salvador de Israel, diz: ‘Meu povo, eu sou o seu Criador; antes que você tivesse nascido, eu já o havia criado. Sozinho, eu criei todas as coisas; estendi os céus e firmei a terra sem a ajuda de ninguém”. (A Bíblia na Linguagem de Hoje)

    Este versículo é particularmente útil para refutar a teologia das TJs. As Testemunhas acreditam que Cristo tenha sido uma encarnação do arcanjo Miguel: "O anjo mais importante, tanto em poder como em autoridade, é o arcanjo, Jesus Cristo, também chamado de Miguel”. (A Sentinela – Edição Brasileira – de 1 de Novembro de 1995, página 8). Supostamente este primeiro ser angelical que Deus criou estava então "como" um filho a ele: "A primeira pessoa espiritual que Deus criou era como que um filho primogênito para a ele". (Legenda [traduzida pelo irmão Brasileiro] da gravura número 29 da brochura da Torre de Vigia “Enjoy Life on Earth Forever!” [Viva na Terra Para Sempre] publicada em 1982 -- suas páginas não são numeradas.) Este "filho" trabalhou então junto com Deus como seu ajudante ou instrumento ao criar todas as outras coisas.

    As Escrituras realmente declaram acerca do Filho, "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e... o mundo foi feito por intermédio dele". (João 1:3, 10 RA) "...Deus...nestes últimos dias, nos falou pelo Filho...pelo qual também fez o universo”. (Hebreus 1:1-2 RA)

    Na visão das Testemunhas de Jeová, isto significa que o primeiro anjo estava presente com Deus quando foram criados os céus e a terra -- contradizendo o testemunho de Deus acima que ele estava "sozinho" quando ele estendeu os céus e criou a terra “sem a ajuda de ninguém”. Quem então está correto?—Os líderes da Torre que prepararam sua própria explicação sobre estes assuntos, ou o próprio Deus que estava presente na criação e que nunca mente ?

    Se havemos de acreditar nas Escrituras que o SENHOR (YHWH=Yahweh=Jeová) criou os céus e o terra “sozinho sem a ajuda de ninguém" e que o Filho fez todas estas coisas, então nós somos forçados a concluir que o Filho é o SENHOR, Yahweh. Embora pareça contraditório no jeito TJ de pensar, estas declarações claras na Bíblia não se constituem em nenhum problema para o cristão que entende que o Deus triuno -- o Pai, Filho, e Espírito Santo -- agiu na pessoa do Filho para realizar estas ações criativas. Ainda era o SENHOR que agia só, sem a ajuda de ninguém. Assim, a teologia promovida pelas Testemunhas de Jeová deve estar errada, e a visão cristã tradicional da deidade de Cristo deve estar correta.

    Também veja a discussão de Provérbios 8:22-31 e Colossenses 1:16.

    Daniel 7:13-14: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (RA)

    "Cristo não é Deus", dirá um seguidor da Torre de Vigia triunfantemente após ler esta passagem. "Jeová Deus é o Antigo de Dias, e Jesus é o Filho de homem que é trazido diante de Deus e que recebe o domínio, a glória, e um reino. Cristo não é Deus porque Deus não podia chegar perto dele".

    Em resposta devemos notar, em primeiro lugar, que este era uma das “visões” do profeta Daniel. Tais visões usaram freqüentemente de figuras para descrever realidades espirituais que teriam de outra forma sido incompreensíveis a meros humanos. Será que nuvens de vapor de água servem de fato como veículos para transportar visitantes da terra que viajam até a presença de Deus? O idioma aqui é obviamente simbólico.

    Além disso, se o Filho pudesse partir “na forma de Deus", assim como Deus o Pai, e então esvaziar-se a si mesmo para tomar uma forma “semelhante ao homem” ou em “figura humana” e sofrer a morte na cruz (Filipenses 2:6-8 RA), não deveria parecer estranho que eventualmente ele retornasse ao Pai como "O Filho do homem". Isto não contradiz de forma alguma a visão trinitária de Cristo como Deus mas como uma Pessoa divina distinta do Pai.


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